Sou um Homem Pós-Moderno! Acredito tão-somente em Espaços Vazios e os acho bonitos (Os Espaços Vazios)
Boa Nova - Em Verso e Prosa!
Um dia fui apenas a "boca do mato" - Hoje, trago em meus braços todas as matas remanescentes!
Ainda trago em minhas entranhas matas de um verde que só em mim existe!
Meu céu é de um azul inusitado, onde moram estrelas outras!
São únicos minhas cachoeiras e riachos!
Subindo ou descendo a ladeira, tenho o mesmo rebolado!
Tudo em mim é singular! Em mim há todos os carnavais inimagináveis!
Meu povo e sua linguagem são os benditos frutos do meu fértil ventre!
Em mim, somente em mim, mora o senso de humor!
É assim: sem abrir mão da minha essência, que deixo entrar em mim todas as revoluções: Culturais, Tecnológicas e tantas outras...
Sou a Boa Nova! Boa Nova em Verso e Prosa!
Trago em mim todas as esperanças!
Sou aquela que dança conforme a música:
Samba-de-roda ou rock pesado! Merengue ou forró!Tango ou valsa!
Lambada ou qualquer tipo de arrasta-pé!
Sou a Boa Nova no mundo! Tudo em mim faz parte de uma História Universal!
Tenho fé no Futuro! Trago a chave dos mistérios!
Tenho fé no Passado! Sou a Boca do Mato!
Sou o ontem! Sou o amanhã! Hoje, sou Boa Nova.com
.*.*.*.
No Princípio, a Boca do Mato - O Povoado, uma Gente em formação!
No Coração da Mata, a Gênese... E a História não nos abortou!
Caminhamos com passos bem firmes rumo ao Futuro!
Juro, pelas Pedras do Cruzeirão, que não seremos excluídos do mapa!
Traga, querida Pastorinha, a Nossa Saga em Verso e Prosa!
Mostra ao Universo, Imperiosa História, Nosso Passado, Presente e Futuro!
Sim, somos um Povo de sorte: Sobrevivemos às tempestades!
Nossas Pastorinhas transcendem o óbvio e o sol brilha!
Nosso Povo acende a Chama da Revolução e Caminha com Passos Firmes Rumo ao Futuro!
Juro, pelas Pedras do Cruzeirão,
Que seremos sempre um Povo em constante mutação,
porque, como disse o poeta: "O Tempo Não Pára".
O Bexiguento
A Baixa do Bexiguento - Um Conjunto de Cacimbas num Lençol de Água a banhar a plácida Boa Nova, lavando-lhe as possíveis culpas. "Água Encanada" ainda não havia! Num sobe e desce pelas ruas, sobre a rodilha, lata d'água na cabeça!- Mulheres de pele bronzeada e ginga ímpar; assim, apresenta-se o exótico-belíssimo desfile daquelas que, dia após dia, das águas misteriosas do Bexiguento tiram o sustento, enchendo as caixas d'água dos mais abastados!Em meados da década de 1970, Boa Nova passa a ter a tão sonhada "Água Encanada"! Na "inauguração da água", um improvisado Carnaval: com "mangueiras", fazem-se jatos d'água que, numa inesquecível dança das águas, lavam as ruas de paralelepípedo, em meio a muita algazarra e "batida de limão": são as boas-vindas ao progresso.Chegou a "água encanada" e nunca mais nossos olhos se deleitaram com o encantador-exótico desfile daquelas que nos davam a água-nossa-de-cada-dia: Florisa, Odete, Danga, Eurídis, Diomésia, Dona Maria Vitória... ...É o fim de uma era!
Tributo a Osório e Suas "Caretas"!
É Fevereiro, com ele a alegria que só o verão pode trazer! A cidade recebe antigos moradores que por algum motivo resolveram mudar-se! É tempo de férias! É Carnaval! A Casa de Osório, com a conivência de Bezinha, tornar-se o Quartel General da Grande Folia! Parece que todos estão na Veneza de 1680, mais precisamente, no Carnaval de Veneza, quando um bocado de mascarados invadem as ruas, numa festa meio pagã, meio cristã! Osório, na sua peculiar irreverência, põe seu bloco de mascarados nas ruas boanovenses. Caretas que perseguem crianças assustadas e, ao som do tamborim e do pandeiro e do triângulo e do diabo-a-quatro, fazem a cidade sair da sua rotina. É a comédia dell’arte que, agora, tem as ruas de Boa Nova como palco principal! É a década de 1970, quando, hoje eu sei, Osório era um Agitador Cultural!Mais bela que essas lembranças de infância só mesmo a clássica canção de ninar:“Boi, boi, boi da cara preta pega essa criança que tem medo de careta!”
Dona Simplícia
Pra Não Dizer Que Não Falei Das Flores!Toda cidadezinha do interior há de ter a pracinha da matriz, lugar mais que preferido dos namorados! Toda cidadezinha do interior há de ter o seu rio e cachoeiras para onde todos fogem nos dias ensolarados de verão! Toda cidadezinha do interior há de ter seu clube social, onde acontecem as Grandes Festas! Tantas coisas são comuns às Cidades do Interior, mas em Boa Nova há algo que só lá podemos encontrar: trata-se da Casa de Dona Simplícia! Falar da Casa de Dona Simplícia é o mesmo que falar da própria Dona Simplícia: Espaço e Pessoa se fundem numa mesma Coisa Bonita de Se Ver! Desde sempre, Dona Simplícia vive na Idade do Perfume! Sua Casa não fica no centro da cidade. Escondida em um beco periférico, a Casa de Dona Simplícia traz de volta todos os Sonhos Esquecidos! A Pureza de Alma da Pessoa espalha-se pelo lugar que a poesia agora chama de Casa de Dona Simplícia! Margaridas florescem no limpo quintal, como limpo é o Espírito de Dona Simplícia! Volto aos meus Quintais de Infância e neles adquiro a certeza de que se passarmos a estudar na Cartilha Simpliciana, haveremos de ver brotar, em nossos quintais existenciais, as Ninféias que Monet tanto amou! É no Quintal de Dona Siplícia que podemos aprender que todos os Espaços deste Mundo podem ser invadidos pelo Perfume que haverá de mudar o curso da História! Que todas as janelas sejam abertas para que o vento, generoso que é, traga o perfume oriundo dos Quintais Simplicianos!
É Fevereiro, com ele a alegria que só o verão pode trazer! A cidade recebe antigos moradores que por algum motivo resolveram mudar-se! É tempo de férias! É Carnaval! A Casa de Osório, com a conivência de Bezinha, tornar-se o Quartel General da Grande Folia! Parece que todos estão na Veneza de 1680, mais precisamente, no Carnaval de Veneza, quando um bocado de mascarados invadem as ruas, numa festa meio pagã, meio cristã! Osório, na sua peculiar irreverência, põe seu bloco de mascarados nas ruas boanovenses. Caretas que perseguem crianças assustadas e, ao som do tamborim e do pandeiro e do triângulo e do diabo-a-quatro, fazem a cidade sair da sua rotina. É a comédia dell’arte que, agora, tem as ruas de Boa Nova como palco principal! É a década de 1970, quando, hoje eu sei, Osório era um Agitador Cultural!Mais bela que essas lembranças de infância só mesmo a clássica canção de ninar:“Boi, boi, boi da cara preta pega essa criança que tem medo de careta!”
Dona Simplícia
Pra Não Dizer Que Não Falei Das Flores!Toda cidadezinha do interior há de ter a pracinha da matriz, lugar mais que preferido dos namorados! Toda cidadezinha do interior há de ter o seu rio e cachoeiras para onde todos fogem nos dias ensolarados de verão! Toda cidadezinha do interior há de ter seu clube social, onde acontecem as Grandes Festas! Tantas coisas são comuns às Cidades do Interior, mas em Boa Nova há algo que só lá podemos encontrar: trata-se da Casa de Dona Simplícia! Falar da Casa de Dona Simplícia é o mesmo que falar da própria Dona Simplícia: Espaço e Pessoa se fundem numa mesma Coisa Bonita de Se Ver! Desde sempre, Dona Simplícia vive na Idade do Perfume! Sua Casa não fica no centro da cidade. Escondida em um beco periférico, a Casa de Dona Simplícia traz de volta todos os Sonhos Esquecidos! A Pureza de Alma da Pessoa espalha-se pelo lugar que a poesia agora chama de Casa de Dona Simplícia! Margaridas florescem no limpo quintal, como limpo é o Espírito de Dona Simplícia! Volto aos meus Quintais de Infância e neles adquiro a certeza de que se passarmos a estudar na Cartilha Simpliciana, haveremos de ver brotar, em nossos quintais existenciais, as Ninféias que Monet tanto amou! É no Quintal de Dona Siplícia que podemos aprender que todos os Espaços deste Mundo podem ser invadidos pelo Perfume que haverá de mudar o curso da História! Que todas as janelas sejam abertas para que o vento, generoso que é, traga o perfume oriundo dos Quintais Simplicianos!
Dona Maria-José e Seu Casarão!
Uma senhora de pele alvíssima, piedosa como uma judia ortodoxa! Sim, uma mulher sempre pronta para ajoelhar-se diante de tudo o que é sagrado! Uma mulher que parecia viver sempre no Tempo da Delicadeza, de sua boca nunca se ouviu uma palavra torpe! Uma Senhora a quem os mais novos, com profunda e verdadeira reverência, faziam absoluta questão de lhe pedirem a bênção e ela, tendo Deus como cúmplice, abençoava a todos nós!Sim, Dona Maria José morava num antigo casarão situado na avenida Nossa Senhora da Boa Nova. Um casarão com amplas salas de assoalho que ela, generosamente, cedia para que Márcina e Télia realizassem seus “dramas”! Sim, isso mesmo, dramas! Esse era o nome que se dava às produções teatrais de Márcina e Télia na década de l970 na doce Boa Nova! Ah! E aquela onça pintada na parede da sala de jantar! Era uma Onça Sinistra! Eu morria de medo! Mas a doce presença de Dona Maria José parecia deter a fera que ameaçava pular da parede e encravar suas unhas em meu pescoço! É, meu caro! Bons tempos aqueles! Hoje, quando muitos de nós parecemos bichos ferozes, prontos para destruir quem, mesmo com razão, contradiz nossos interesses! Hoje, quando as relações sociais são tão esquisitas, a doce lembrança de Dona Maria-José faz toda a diferença!
Baoa Nova e os Recém-Nascidos: Pirão de Galinha!
Um Homem! Uma Mulher! Por meio de seus corpos, surge um novo corpo: É o Espectáculo da Procriação que a Engenharia Genética, com avidez e muita ousadia, busca entender cada vez mais, para melhor manipulá-lo! Fecundação! Procriação! - Um Novo Ser Humano chega ao mundão, e essa fascinante chegada é motivo de festa, muita festa para os que aqui já se encontram! Palmadinha no bumbum – o bebê bota a boca no mundo, anunciando que uma Nova Vida começa! Um Brinde á Vida! No Mato Grosso do Sul, esse evento é festejado com grande festa, onde parentes e amigos bebem o “xixi do bebê”: generosos copos de uísque falsificado, comprado na divisa com o Paraguai. Mas em Boa Nova, a chegada do bebê é brindada com a Autêntica Temperada: uma fusão de aguardente das boas com diversas ervas nativas: losnão, erva-doce, cidreira, capim-santo, pra-tudo, fedegoso, hortelã (miúdo e graúdo), alumã, etc... Para comer, o Pirão de Galinha Caipira, regado a generosos goles de temperada! E viva a vida! A festa começou! Cachaça Temperada e Pirão de Galinha com um milhão de calorias: iguaria que faz lamber os beiços de tão apetitosa que é. Nesses momentos únicos, é esquecida a tal estética da magreza/leveza do ser, que se torna um projeto insustentável em meio a tamanha farra! Nesses momentos o que importa mesmo é a Chegada do Bebê! Muita Cachaça Temperada e Muito Pirão de Galinha Caipira e Louvado Seja Deus!
GonçaloSertãoRosaBoaNova:Veredas!
Fazer Incursões Históricas é garantir a certeza de um Futuro-Luz para aqueles que acabam de entrar em um trem chamado Louca Vida. Fazer Incursões Históricas é perceber o vão que separa o trem da plataforma! O trem segue seu curso pelas noites da eternidade. No mesmo vagão onde você se encontra agora, Ramiro empunha a Bandeira do Divino Espírito Santo. De casa em casa, ao som de tambores, levanta fundos para a Grande Festa! Na feira livre, aos sábados, depois de vender as peneiras, Gonçalo, dançarino que é, exibe-se em dança exótica! É a Vanguarda, o Pós-Moderno! É Boa Nova, Uma Utopia! Boa Nova que, de tempos em tempos, inventa novas palavras, ou nos faz lembrar que todas as palavras podem ser polissêmicas, levando-nos, assim, a um Universo meio Guimarães Rosa! Houve tempos em que Tigresa não era apenas a fêmea do tigre, ou uma exuberante mulher. Estar na Tigresa era estar na pindaíba, duro, sem grana. Grande Vantagem! "Tá" "beba", égua! "Que Charada! "Oia" o "oi" de boi! Mas, para mim, o Grande Classíco sempre foi: Segura o Pio, Liu! É... Como disse nossa querida Clarice Lispector; "A palavra é o meu domínio sobre o mundo!"
Ferro e Fogo! Fé e Caminhada!
É com uma saudade atípica: não daquelas saudades que fazem tudo doer dentro de nós! É uma saudade que nos traz a certeza de que há um fogo que queima dentro de cada um de nós - e é esse fogo que há de endireitar todas as coisas que a vida, tão sadicamente, tem entortado! É com a mais profunda e positiva saudade que me lembro da "Tenda de Seu Ambrósio e Zé Ferreiros! Aquele forno, eternamente aceso, brilhante, vivo, avermelhado! Ferros incandescentes. Seu Ambrósia e Seu José em meio aquela vermelhidão hiperaquecida! Um cenário, para mim, inesquecível e que aquece meus tempos de inverno! Lembro-me da minha vó - sempre que uma faca ou uma tesoura perdiam o corte, ela logo nos ordenava: "Vá até a tenda de "Compadre Josè", para que ele amole esta faca, esta tesoura! "Quanto é seu José? - É pra "Comadre Fulô? - então não é nada não! Bons tempos aqueles! Viva o Sol! Viva o calor que ainda emana da Tenda de Seu Ambrósio e Seu José Ferreiros!
Salve Dona Maria Ô!
- Quem é Maria Ô??!!- É aquela que mora na Rua dos Canudos - a rua que dá acesso ao Rio de Chico Mendonça, aliás, Rio esse que no final da década de 1970, foi transformado em "Barragem de Dr. Délio Carvalho! Incursões históricas à parte e voltemos ao fascinante mundo de Maria Ô!- Maria Ò! Por que Maria Ô?! Que nome mais atípico, meu caro!- O apelido, belíssimo na morfologia e na sonoridade, diga-se de passagem, deve-se ao fato de que a dita Maria trata a todos pelo cognome "Ô" - Isso mesmo: Para ela todos são "Ô" - desde o prfeito, delegado, passando pelo padre, às comadres, aos vizinhos; enfim, todos, conhecidos seus ou não, são, pura e simplesmente,"Ô"!Salve Dona Maria Ô, aquela que tirou o que as pessoas têm de mais sagrado: seus nomes! Maria Ô, numa atitude docemente subversiva, instituiu um único e definitivo nome para todo vivente: "Ô"!- Bom-dia, Ô! Venha cá, Ô! Quando você chegou, Ô? Não vai botar a roupa p'ra quarar, Ô? Quer comprar ovos de galinha-caipira, Ô?Para Dona Maria Ô as pessoas não têm nomes de batismo. Para ela todos, homem ou mulher, têm um único e definitivo nome - comum a todos: "Ô" - simplesmente "Ô" - e, de volta, seguindo sua cartilha subversiva, todos a tratam de Maria Ô.Minha Vó e Dona Maria Ô eram comadres! minha Vó a chamava, carinhosamente, de comadre Ô - no que era igualmente retribuída, é claro! Comadre Ô pra lá - Comadre Ô pra cá - e assim a vida se enche de uma beleza rara!
Quem Tem Medo de Nossa Senhora da Boa Nova?!
Em Super-Homem, a Canção o Poeta nos ensina que a mulher, com a anuência do homem, tornou-se a verdadeira musa de um poeta chamado Tempo e que o curso da história pode perfeitamente ser mudado por causa da musa, por causa da mulher! Sim, o Tempo é o maior de todos os Poetas; das entranhas desse poeta, essencialmente enigmático, emergiu o magno poema chamado “a história”! A História é a poesia escrita pelas indefectíveis mãos do tempo! E o que é o tempo? Para esse poeta não há definições convincentes! O tempo é relativo e quando, em fim, os portões da eternidade abrirem-se, você saberá que não existe passado, nem presente e nem futuro! Tudo não passava de mera ilusão, para suportar o peso do cotidiano! Eu juro, pelos eternos e infantis olhos do tempo, que nesse dia eu haverei de restituir todas as costelas a todos os homens, sem distinção alguma! Nesse dia, esta Louca Volúpia de agora deixará de ser o algoz que os mantém em eterno cárcere. Não mais haverá reféns e todos vocês serão efetivamente livres! Quando Eu me fiz carne, não se fez necessária a presença do Homem, mas não deu para excluir a mulher dessa empreitada! Sim, a Minha Loucura é mais sábia que a sabedoria humana. Eu, despido no ventre de uma certa judia: começo e fim a um só tempo: mais avançado que a mais avançada das tecnologias – (parafraseando Caetano)! Eu, o Arquiteto do Universo, a buscar a porta que me haveria de levar ao mundo que eu próprio arquitetei! Eu e a mulher! Eu e a porta que, quando aberta, leva-nos ao mundo onde haveremos de encontrar algumas alegrias e muitas aflições. Um mundo onde, mais cedo ou mais tarde, cada um haverá de encontrar seu calvário pessoal, compondo, assim, sua própria lenda! Louvado seja o Pai por essa verdade imutável. A Morte é certa, mas a ressurreição é irreversível! E, assim, a história transcende o óbvio! Sim, nesse contexto caótico, a mãe do menino tem que ser muitas numa única mulher.
Duas das Muitas Mulheres!!!
Dia Oito de Setembro, ela, a mulher, desfila triunfante em andor decorado com palmas de Santa Rita pelas ruas de Boa Nova, nesse momento de festa ela é Nossa Senhora da Boa Nova, mas quando é Sexta-Feira da Paixão, há lágrimas nos olhos e aí a mulher já é Uma Certa Senhora das Dores que sofre com a Saga Sangrenta de um Certo Menino! Nessas horas de extrema teatralidade não superada nem mesmo pelo genial criador de Hamlet; nesse momento de singular teatralidade, todas as costelas são restituídas a todos os homens que, assim, deixam de ser Pobres Mortais e transcendem o óbvio, pois o Cordeiro já fora sacrificado antes mesmo da Fundação de Todos os Mundos e, agora, o tempo não mais existe e são esses os Paradoxos que, de fato, dão sentido a vida de todos os homens!
Quem Nunca Comeu"Oiti"Que Atire o Primeiro Caroço!
O Que é um "Pé de Oiti"? - Definição Léxica: Árvore Rosácea de Frutos Edules.- Meu Deus, mas o que é mesmo um fruto edule?- Pô, meu - tu não sabes? Fruto Edule é um Fruto Comestível - um fruto que se pode comer, sacou?- Ah! Então o "Oiti" não é um Fruto Proibido?- Não! Não é!Até o comecinho da década de 1990. toda a extensão da Avenida Nossa Senhora da Boa Nova era arborizada com frondosas árvores em canteiros centrais. Tais árvores eram carinhosamente chamadas de "Pés de Oiti". Foi debaixo de um Pé de Oiti que muitos de nós começamos a desvendar os mistérios desta Vida Louca. Debaixo de um Pé de Oiti muitos namoros começaram, muitos amores acabaram! Debaixo de um Pé de Oiti muitos tiravam uma soneca após o almoço! Debaixo de um Pé de Oiti muitos falavam "putarias": outro, em sua inocência, catava Oitis Verdes para, sonhando em se tornar "O Rei do Gado", brincar de "curral" - onde os oitis eram os bois: pernas, rabo e chifres feitos com palitos de fósforo espetados no fruto que se assemelha a uma manga, só que em tamanho bem menor! Os Pés de Oiti também serviam para se armar as "gangorras", onde os mais corajosos se aventuravam em "arrojados balões". Debaixo de um Pé de Oiti muitas conversas interessantes foram travadas! Muitos também cairam de um Pé de Oiti e quebraram o braço! Muitos comeram o Fruto de Pé de Oiti: O Oiti - fruto de sabor exótico. Comer Oiti era visto por muitas mães como uma atitude rebelde, subversiva. Não era raro ouvir de uma mãe ao ver seu filho saboreando um Oiti:- Menino, por acaso você está passando fome, traste - pra se empanturrar de Oiti? Eu, até hoje, ouso guardar Oitis Maduros em meus porões existenciais, para saboreá-los nos momentos de carência! Quem Nunca Comeu Oiti Que Atire O Primeiro Caroço! Foi saboreando um Oiti Maduro que muitos de nós descobrimos a vida!...Onde Foram Parar Os Pés de Oiti?!
Boa Nova - Anos 80!
Fervia o Rock Nacional - a trilha sonora oficial do "calçadão" - sonhos, buscas, amores, ódios, esperanças, ciúmes, fé, melancolia, alegrias outras, revoltas! Todas as Revoluções por Minuto! Diretas Já! Éramos Todos Exagerados e Tudo Explodia em Forma de Teatro no Palco do Salão Paroquial! Os Embalos de Sábado à Noite Aconteciam na Inesquecível Boate de Tuíta!
Fervia o Rock Nacional - a trilha sonora oficial do "calçadão" - sonhos, buscas, amores, ódios, esperanças, ciúmes, fé, melancolia, alegrias outras, revoltas! Todas as Revoluções por Minuto! Diretas Já! Éramos Todos Exagerados e Tudo Explodia em Forma de Teatro no Palco do Salão Paroquial! Os Embalos de Sábado à Noite Aconteciam na Inesquecível Boate de Tuíta!
Feiras Livres! Livres Negociações!
As Revoluções Industrias arrancaram o Homem do Campo, trazendo-o para as cidades! O Homem criou o seu espaço! Sem um espaço não temos como, efetivamente, existir! Nesse espaço, tantas vezes cuidadosamente construído, que se dão as negociações, as trocas! É nesse espaço, cheio de belezas, conflitos, encontros, feiúras, prejuízos, lucros e rupturas que buscamos satisfazer nossas necessidades, primeiras e as fabricadas tantas vezes pelas nossas próprias almas carentes de novidades para que possamos sobreviver ao monótono! As cidades, como as conhecemos hoje, creio eu, são produtos diretos das ditas Revoluções Industriais! O comércio ferve, o dinheiro é o sangue que corre pelas diversas veias das Cidades, fazendo o povo delirar! É o grande carnaval da existência, onde tudo já é bem de consumo – e isso não é de todo ruim! Tudo é uma grande feira: Feira de Automóveis, Feira de Cosméticos, Feira de Moda, Feira do diabo-a-quatro! Lembro-me das Feiras Livres, (não sei por que me fascinam) Gostaria muito de ir a uma Feira Livre em Caruaru! Qualquer cidade que se preza há de ter feira livre, sobretudo as cidades do interior, onde os remanescentes das “roças” (porque quase todos já se mudaram pras cidades) vêm negociar os produtos que a terra ainda é capaz de produzir! Riacho das Traíras, Goiabeira, Tarugo, Tanquinho, Gigante, Duas Irmãs, Riacho de Areia, Pé da Ladeira... De todos esses vilarejos, dentre tantos outros, surgem os mercadores sabáticos, ocupando as feiras livres, seus espaços, onde o tomate é de uma vermelhidão assustadora e a banana-da-terra traz toda a sustância necessária para a labuta do dia-a-dia! Mercadores Sabáticos! Gonçalo, além de vender suas peneiras, também presenteia o povo com sua dança exótica, que ele aprendeu ninguém sabe onde! São todos, também, Mercadores de Ilusão! Tomates verdes e maduros, dinheiro, sangue a correr pelas veias do tempo que não pode parar! Agora, tudo é uma Grande Feira Livre, onde se dão as Negociações e Moeda de Troca faz-se imprescindível!
As Revoluções Industrias arrancaram o Homem do Campo, trazendo-o para as cidades! O Homem criou o seu espaço! Sem um espaço não temos como, efetivamente, existir! Nesse espaço, tantas vezes cuidadosamente construído, que se dão as negociações, as trocas! É nesse espaço, cheio de belezas, conflitos, encontros, feiúras, prejuízos, lucros e rupturas que buscamos satisfazer nossas necessidades, primeiras e as fabricadas tantas vezes pelas nossas próprias almas carentes de novidades para que possamos sobreviver ao monótono! As cidades, como as conhecemos hoje, creio eu, são produtos diretos das ditas Revoluções Industriais! O comércio ferve, o dinheiro é o sangue que corre pelas diversas veias das Cidades, fazendo o povo delirar! É o grande carnaval da existência, onde tudo já é bem de consumo – e isso não é de todo ruim! Tudo é uma grande feira: Feira de Automóveis, Feira de Cosméticos, Feira de Moda, Feira do diabo-a-quatro! Lembro-me das Feiras Livres, (não sei por que me fascinam) Gostaria muito de ir a uma Feira Livre em Caruaru! Qualquer cidade que se preza há de ter feira livre, sobretudo as cidades do interior, onde os remanescentes das “roças” (porque quase todos já se mudaram pras cidades) vêm negociar os produtos que a terra ainda é capaz de produzir! Riacho das Traíras, Goiabeira, Tarugo, Tanquinho, Gigante, Duas Irmãs, Riacho de Areia, Pé da Ladeira... De todos esses vilarejos, dentre tantos outros, surgem os mercadores sabáticos, ocupando as feiras livres, seus espaços, onde o tomate é de uma vermelhidão assustadora e a banana-da-terra traz toda a sustância necessária para a labuta do dia-a-dia! Mercadores Sabáticos! Gonçalo, além de vender suas peneiras, também presenteia o povo com sua dança exótica, que ele aprendeu ninguém sabe onde! São todos, também, Mercadores de Ilusão! Tomates verdes e maduros, dinheiro, sangue a correr pelas veias do tempo que não pode parar! Agora, tudo é uma Grande Feira Livre, onde se dão as Negociações e Moeda de Troca faz-se imprescindível!
Boa Nova, Em Verso e Prosa! by Paulo Neumam Farias Souza is licensed under a Creative Commons Atribuição-Uso Não-Comercial-Vedada a Criação de Obras Derivadas 2.5 Brasil License.