E foi com os pés sujos que eles pisaram as uvas maduras
Deram-me de beber o vinho tinto, amargo e embriagador
Depois edificaram cidades-dor que choram com um olho só
Agora, somente você pode fazer-me livre mais uma vez
Mas você não existe no agora! Você é um ser conceitual
Exposto num grande espaço cubista, fechado – vanguarda-inatingível!
Traga-me mais um cálice do vinho tinto – Sou Infeliz!
Estou cagado! Estou todo cagado e não caibo em lugares santos!
Todos, agora, fogem de mim! Mas também estão cagados!
Eu estou cagado, sim! Estou cagado, e daí?
Estamos Todos cagados!
No metrô, uma mulher bonita e perfumada e sexy finge estar limpa
Mas estamos todos cagados e mal-amados e cegos e perdidos!
AGORA SOMOS A PRÓPRIA PEDRA: O Estorvo
Não há mais trigo para preparar o Pão-da-Vida!
Entre idas e voltas, ficamos paralisados no meio da estrada!
Não há mais trigo para preparar o Pão-da-Vida!
Estamos todos cagados! Nada saiu conforme o combinado!
Vista seu pijama listrado e vá namorar o travesseiro!
Você está só e cagado. O namoro não virou casamento
Entro no quarto escuro e não ouço mais aquela canção!
Construímos metrópoles e espetáculos e imagens e feridas!
Sinto saudades de Frida - cores e sofrimentos e vitórias!
Agora, promovemos espetáculos tecnológicos – apenas isso!
Insisto em dizer que estamos todos cagados e sem inspiração
...Isso não é poesia – é bosta! Poeta, você é uma merda pessimista!
-Tô ligado! Não sou poeta! Sou apenas alguém que sente muita dor!
Todos me enganaram: chamando-me de irmão,
em seguida me abandonaram!
Trago no corpo feridas que não cicatrizam – as cruéis chicotadas – as mordidas!
Sou ovelha desgarrada! Imundo, corro pelas avenidas da metrópole
Busco você, um ser conceitual onde eu retornaria ao princípio de mim:
Quando eu não estava cagado e nem sequer sabia o que era BOSTA!
Droga, que vida filha-da-puta!
Todos temos um código de barra na testa!
...E muitos de nós nada valemos!
Com os pés sujos de sangue inimigo, esmagaram as uvas!
Deram-me de beber o vinho tinto e amargo e matador!
Edificaram cidades, criaram leis e acenderam as fogueiras!
E, neste inferno existencial, vivo esperando você! Apenas você!
Agora, apesar dos espetáculos, estamos todos cagados!
Deram-me de beber o vinho tinto, amargo e embriagador
Depois edificaram cidades-dor que choram com um olho só
Agora, somente você pode fazer-me livre mais uma vez
Mas você não existe no agora! Você é um ser conceitual
Exposto num grande espaço cubista, fechado – vanguarda-inatingível!
Traga-me mais um cálice do vinho tinto – Sou Infeliz!
Estou cagado! Estou todo cagado e não caibo em lugares santos!
Todos, agora, fogem de mim! Mas também estão cagados!
Eu estou cagado, sim! Estou cagado, e daí?
Estamos Todos cagados!
No metrô, uma mulher bonita e perfumada e sexy finge estar limpa
Mas estamos todos cagados e mal-amados e cegos e perdidos!
AGORA SOMOS A PRÓPRIA PEDRA: O Estorvo
Não há mais trigo para preparar o Pão-da-Vida!
Entre idas e voltas, ficamos paralisados no meio da estrada!
Não há mais trigo para preparar o Pão-da-Vida!
Estamos todos cagados! Nada saiu conforme o combinado!
Vista seu pijama listrado e vá namorar o travesseiro!
Você está só e cagado. O namoro não virou casamento
Entro no quarto escuro e não ouço mais aquela canção!
Construímos metrópoles e espetáculos e imagens e feridas!
Sinto saudades de Frida - cores e sofrimentos e vitórias!
Agora, promovemos espetáculos tecnológicos – apenas isso!
Insisto em dizer que estamos todos cagados e sem inspiração
...Isso não é poesia – é bosta! Poeta, você é uma merda pessimista!
-Tô ligado! Não sou poeta! Sou apenas alguém que sente muita dor!
Todos me enganaram: chamando-me de irmão,
em seguida me abandonaram!
Trago no corpo feridas que não cicatrizam – as cruéis chicotadas – as mordidas!
Sou ovelha desgarrada! Imundo, corro pelas avenidas da metrópole
Busco você, um ser conceitual onde eu retornaria ao princípio de mim:
Quando eu não estava cagado e nem sequer sabia o que era BOSTA!
Droga, que vida filha-da-puta!
Todos temos um código de barra na testa!
...E muitos de nós nada valemos!
Com os pés sujos de sangue inimigo, esmagaram as uvas!
Deram-me de beber o vinho tinto e amargo e matador!
Edificaram cidades, criaram leis e acenderam as fogueiras!
E, neste inferno existencial, vivo esperando você! Apenas você!
Agora, apesar dos espetáculos, estamos todos cagados!
Paulo Neuman
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